Advogadas gaúchas são maioria, mas ganham menos que homens

Raquel Stein
ClicRBS
26/09/2017

 

Mulheres já representam 51% nas equipes de advogados em escritórios do Rio Grande do Sul. O número maior também aparece quando são considerados os estagiários de direito dos estabelecimentos, em que o sexo feminino já responde por 55% das equipes.
Mas a questão quantitativa não se reflete em um avanço qualitativo. Apenas 27% dos sócios de escritórios são mulheres. Foram considerados apenas sócios com participação efetiva no capital social.
Sobre salários, a diferença também é grande. Dos profissionais que estão entre os 10% que têm maior remuneração nos escritórios de advocacia, apenas 38% são mulheres.

A pesquisa é da Women in Law Mentoring Brazil, organização internacional que promove o desenvolvimento de profissionais do Direito parar criar futuras líderes femininas. O recorte regional foi feito para a coluna pela presidente da WLM Brazil, Raquel Stein, sócia do Souto Correa Advogados.
— Há uma pesquisa que mostra que levaríamos 80 anos para equilibrar esta situação. Precisamos acelerar este processo — cobra a advogada.

Segundo Raquel, a organização enfrenta dificuldades com as próprias mulheres dentro deste trabalho de formar líderes. Elas não se sentem capazes e duvidam de si mesmas.
No próximo dia quatro de outubro, a Women in Law Mentoring Brazil terá uma reunião em Porto Alegre para debater o papel das mulheres na advocacia. O encontro é uma prévia do Congresso da WLM Brazil, no dia cinco de outubro, na Federasul, também na Capital.

Sou assinante
Sou assinante